20 abril 2009

Noite de Café Com Você

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ENTREVISTA






Reportagem Especial
Vasectomia


“Eu sei que a vasectomia é uma cirurgia muito simples. Mas eu não me arriscaria em fazer. Eu tenho medo de brochar”, diz o vendedor, Pedro Figueira.

“O pessoal fala que a vasectomia é uma coisa psicológica, né? E o meu psicológico não está pronto”, fala o motorista, Wellington Aparecido.

Os interessados e mais preparados psicologicamente participam da reunião sobre vasectomia, oferecida em todos os centros de saúde do Distrito Federal. A palestra não costuma ser muito concorrida.

Os homens que freqüentam o grupo já romperam o preconceito. “Eu já me decidi. A vasectomia é bem mais fácil para o casal. A questão financeira também pesa. É difícil criar muitos filhos”, afirma o segurança, Robson Thomaz.

“Já participei de duas palestras, junto com a minha esposa. Já estamos sabendo do procedimento, tiramos as dúvidas e agora estamos decididos a fazer a cirurgia”, conta o agricultor, Antonio Wilson.

As dúvidas são sempre as mesmas. “Eu tinha medo de tanto o povo falar que isso deixava a gente brocha”, fala um rapaz.

O urologista José Carlos Fragomeni responde: o resultado da esterilização é 100% eficaz, mas é bom pensar muitas vezes. As chances de reversão são bem pequenas. O médico diz que a vasectomia não interfere no desempenho sexual do homem e que a cirurgia é simples e rápida.

“Não precisa de internação, nem de hospital. O procedimento é feito no ambulatório mesmo. O indivíduo pode ter relação sexual depois de dois ou três dias. Mas vale lembrar que não fica esterilizado. Ele só ficará esterilizado uns 45 dias depois”, explica José Carlos Fragomeni, Sociedade Brasileira de Urologia no Distrito Federal.

Facilitar as cirurgias de vasectomia é parte da política nacional de planejamento familiar, lançada pelo Ministério da Saúde no dia 28 de maio. Não haverá mais um número limite de cirurgias na rede pública. O sistema Único de Saúde (SUS) vai pagar quantas forem necessárias. E os médicos serão capacitados para que a cirurgia também possa ser feita nos ambulatórios dos centros de saúde e não só nos hospitais.

“Campanhas serão desenvolvidas pela importância que tem do homem contribuir com o planejamento familiar. Não deixar essa responsabilidade apenas para a mulher, como tem sido historicamente. Não queremos de jeito nenhum banalizar a vasectomia, mas queremos incorporar o homem ao processo de planejamento reprodutivo da sociedade brasileira”, enfatiza Adson França, representante do Ministério da Saúde.

Mesmo sem campanha, o numero de cirurgias tem aumentado a cada ano. Em 2006, foram feitas 996, quantidade que pela primeira vez superou o número de laqueaduras, 737.

“Se for feito um trabalho de prevenção e de esclarecimento aos homens esse trabalho também será muito eficaz. É preciso mudar essa mentalidade. Afinal de contas, existe também a responsabilização do homem com relação a gestação”, esclarece a promotora de Justiça do MPDF, Leonora Brandão

Luan Cardoso dá o exemplo. Aos 19 anos, levou a noiva, de 15, ao centro de saúde em busca de orientações. “Isso não é obrigação só da mulher, passa a ser do casal. Temos que saber o que é melhor para os dois”, diz o estudante.

O programa do governo federal também inclui o aumento na distribuição de contraceptivos aos estados. De R$ 27 milhões gastos em 2006, os investimentos devem subir para R$ 100 milhões este ano. O que inclui o repasse para as Farmácias Populares.

Desde o inicio desta semana, nas farmácias populares, as que têm um selo na porta, a cartela de anticoncepcional está sendo vendida por até R$ 0,40 centavos. Os anticoncepcionais injetáveis também estão com desconto de 90%. Para comprar é preciso receita médica. Atualmente no Distrito Federal há 108 farmácias credenciadas ao programa do Ministério da Saúde.

A Igreja Católica, que defende os métodos naturais de anticoncepção, vê o programa com desconfiança. “Anticoncepcional é medicamento, então deve ser usado com critério médico. Nem todas as mulheres se adaptam com esse ou com aquele. Existem os efeitos colaterais, muitas vezes sérios. O que nós esperamos é que não se distribuam anticoncepcionais como se vendessem remédio para dor de cabeça”, enfatiza Dom Dimas, secretário geral da CNBB.

“Estão estimulando os jovens a ir atrás disso. Muita gente não compra porque não tem dinheiro. Então, está estimulando o uso”, diz Natane Riques, estudante.

“Eu acho ótimo e importante. Algumas pessoas não podem comprar. Agora, fica acessível para todos”, afirma a educadora, Nilza Santos.

“Acho muito bom. E é preciso baixar o preço também das camisinhas para ficar melhor. Aliás, acho que tinha que ser gratuita”, Ivan Gomes, autônomo.


CURIOSIDADES

Por que todas as histórias infantis são sanguinarias ?

O lobo entrou, chegou ao meio do quarto com um só pulo e devorou a pobre vovozinha, antes que ela pudesse gritar....

....— Oh, vovozinha, que boca enorme você tem!
— É para engolir você melhor!!!
Assim dizendo, o lobo mau deu um pulo e, num movimento só, comeu a pobre Chapeuzinho Vermelho.....

...O caçador ficou bem satisfeito. Há muito tempo estava procurando esse lobo, que já matara muitas ovelhas e cabritinhos.
— Afinal você está aqui, velho malandro! Sua carreira terminou. Já vai ver!
Enfiou os cartuchos na espingarda e estava pronto para31 atirar, mas então lhe pareceu que a barriga do lobo estava se mexendo e pensou: “Aposto que este danado comeu a vovó, sem nem ter o trabalho de mastigá-la! Se foi isso, talvez eu ainda possa ajudar!”.
Guardou a espingarda, pegou a tesoura e, bem devagar, bem de leve, começou a cortar a barriga do lobo ainda adormecido....


....Na primeira tesourada, apareceu um pedaço de pano vermelho, na segunda, uma cabecinha loura, na terceira, Chapeuzinho Vermelho pulou fora....


.....— E agora? — perguntou o caçador. — Temos de castigar esse bicho como ele merece!
Chapeuzinho Vermelho foi correndo até a beira do córrego e apanhou uma grande quantidade de pedras redondas e lisas. Entregou-as ao caçador que arrumou tudo bem direitinho, dentro da barriga do lobo, antes de costurar os cortes que havia feito.....


....O caçador foi embora contente e a vovó comeu com gosto as broinhas...

Fonte
Alfabetização : livro do aluno / Ana Rosa Abreu ... [et al.] Brasília : FUNDESCOLA/SEF-MEC, 2000. 3 v. : 128 p. n. 2.

acha que é necessario dizer mais alguma coisa?

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