15 abril 2009

Entrevista Com Lombardi. Confira o "protagonista" de Caminho das Ìndias

Raj está fazendo um enorme sucesso. Você esperava isso?
“Quando a gente faz um trabalho, não pensa se ele vai fazer sucesso ou não. Sucesso é relativo, não tem receita. A gente espera cumprir uma função dentro da trama. Sinceramente, eu não sabia, não esperava, e nem faço o meu trabalho pensando no sucesso, mas eu fico muito feliz”.

Muita gente já torceu para Raj ficar com Duda, mas agora há quem torça por Maya. O que você acha disso?
“É bacana saber que as pessoas torcem para que o Raj seja feliz. Se ele não pode ser feliz com a Duda – e ele já viu isso – então ele tenta ser feliz com a Maya, construir uma harmonia, uma felicidade, como os indianos fazem”.

Essa é a sua primeira novela das oito. O que mudou na sua rotina?
“No dia-a-dia, o que muda no trabalho é a quantidade de cenas. Você fica responsável por todo dia fazer pelo menos um terço do estúdio e mais as cenas da cidade cenográfica. Agora o empenho do ator eu acho que não muda. Sempre estou 100% no trabalho, sou muito caxias, muito rigoroso comigo. E foi isso que me fez estar aqui hoje”. 

Seu filho acabou de nascer. Como é conciliar a vida de um dos protagonistas da novela com a de pai?
“Eu fico pouco tempo em casa, então não tenho muito tempo com o meu filho. Mas é algo que a gente sabe que é a da profissão e que tem data para acabar”.

Pesquisando sobre sua vida, lemos que antes de ser ator você foi jogador de vôlei, garçom, agente de viagens, modelo. É verdade tudo isso?
“Eu realmente fui jogador de vôlei, garçom e agente de viagens. Mas não fui estilista nem modelo. Eu até tentei ser modelo, mas não consegui. Agora estilista eu nunca fui. Na verdade, eu vendia roupas, ajudava o meu pai, que era representante de moda masculina. Ele vendia da fábrica para as lojas e eu carregava roupas, ia de cliente em cliente... No vôlei, eu fui até onde eu consegui. Quando vi que o tamanho era um problema, resolvi parar. Depois morei fora durante um tempo, em San Diego, na Califórnia. Quando eu voltei, arrumei um emprego na agência onde tinha comprado o meu curso. Saí da agência para ser garçom em uma rede de restaurantes. Fique quase um ano lá, mas nessa época eu já estava começando um grupo de teatro, fazendo as primeiras peças amadoras. Todas as profissões ajudam na carreira de ator, porque o que a gente estuda é o dia-a-dia do comportamento humano”.

Como é fazer as cenas sensuais do Raj com Duda e Maya? Você passou a conhecer os ensinamentos do kama sutra com a novela?
“A gente tem uma impressão errada do kama sutra. Ele é uma linha de pensamento que busca um estado de conexão com o plano superior. Os indianos buscam isso assim como quando alguém busca faz yoga. É o mesmo tipo de pensamento. O kama sutra vai muito além dessa simplicidade que o ocidental conhece. Quanto a fazer as cenas, elas não requerem um tratamento especial. São cenas que estão no plano de gravação do dia, junto a muitas outras. A gente lê a cena, chega com uma proposta, conversa com a atriz. O diretor também tem a proposta dele. A gente chega e faz. O que o público chama de química, a gente chama de técnica. É bacana, mas as cenas de amor, assim como as de briga e as de passagem, merecem o mesmo tratamento”.

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