23 abril 2009

Dia dia ainda não chegou lá. Mas tem possibilidades

Quando soube que a Bandeirantes estava construindo um estúdio único de 400 metros quadrados para ambientar sua programação matinal e parte da vespertina, achei a ideia boa. Por isso, venho acompanhando com interesse o “Dia dia”, programa de quase três horas com apresentação dividida entre Lorena Calábria, Patricia Maldonado e Daniel Bork. Eles falam de tudo um pouco e o resultado é informativo e bem agradável.
Já aprendi a fazer esfiha, vi reportagens sobre depressão e entrevistas sobre obsessão por fazer plástica e por compras. Tem ainda notícias sobre o trânsito (de São Paulo, é verdade). O problema é que a grande novidade — o estúdio único — passa quase despercebida. Com tudo para ser uma atração diferente, “Dia dia” caiu no baralhão dos programas matinais que misturam faits divers com receitas.
Esta semana, Lorena recebeu uma especialista em posições na hora do sono. A pesquisadora levou uma criança e uma moça, dois modelos, para demonstrar que o jeito com que o freguês se acomoda da cama diz muito sobre sua personalidade. Tímidos deitam de uma maneira, expansivos, de outra. Carentes dão a maior bandeira ao ficarem de barriga para cima. Em seguida, mostraram uma reportagem de rua sobre o tema. No dia seguinte, novas modelos estiveram no palco da atração mostrando um aparelho “que está fazendo o maior sucesso nas academias paulistanas”. Mas os assuntos em discussão raramente estão integrados a algo que se passa ao lado no mesmo estúdio, com um dos outros apresentadores. Às vezes, conseguem dar um sentido ao fato de o “Dia dia” ocupar um único ambiente, mas é raro. Por isso, o programa tem muitas possibilidades, mas ainda não entrou em potência máxima. Lorena, Patrícia e Daniel são ótimos, há equipes de reportagem à disposição e vontade de fazer. Falta ainda ocupar o território.

0 comentários:

Postar um comentário

Oi. O RDN está muito feliz que você veio fazer seu comentário, sendo crítica ou não, agradecemos muito!