22 abril 2009

Chaves: Um Grande Sucesso


O Sucesso de Chaves

Brega, trash, cafona, ridículo, infantilóide... Podem chamar do que quiser o seriado mexicano Chaves. Nada disso abala o seu sucesso. Desde o começo dos 80, quando o SBT (Sistema Brasileiro de Televisão) passou a exibi-lo em sua programação, Chaves tornou-se um personagem muito popular e cultuado pela primeira geração de brasileiros que cresceram cuidados por uma babá onipresente chamada televisão. Mesmo a criançada de hoje, lobotomizada pelos pokemons da vida e alfabetizada pelas 'iscolas' televisivas de Xuxas e Carlas Perez não perdem por nada do mundo um episódio do Chavinho reprisado incansavelmente pela trocentésima vez há quase 20 anos. De onde vem isso?

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Como tudo começou?

    Para quem não sabe, esse fenômeno não ocorreu apenas no Brasil. Nos anos 70, Chaves e Chapolin foram criados por Roberto Gómez Bolaños, conhecido em seu país como Chespirito - apelido que quer dizer "pequeno Shakespeare", pela sua genialidade como roteirista e pela sua estatura de 1,60m - como quadros de um programa de comédia da televisão mexicana. Com o sucesso imediato, ganhou novos personagens, multiplicou a audiência, e tornou-se o primeiro 'enlatado' latino-americano globalizado da história, sendo exportado para mais de 40 países, chegando a incomodar campeões internacionais de audiência da época como "Feiticeira", "Jeanne é um gênio", "Perdidos no Espaço", "Os Waltons" e outros enlatados americanos.

    Em países como Peru, Chile e Venezuela, chegava a dar mais de 60 pontos no horário nobre. Em 1973 o programa de Chespirito era líder de audiência absoluto em quase todos os países da América Latina de língua espanhola. Parou de ser produzido somente em 1995, mas até hoje se mantém um programa muito assistido, mesmo com a grande maioria das emissoras reprisando episódios antigos (no Brasil, Chaves chegou a bater a "Ana Maria Braga" e seu "Mais Você" alcançando 15 contra 9 pontos no Ibope, o que obrigou a Globo a dar umas férias forçadas para a Loira e o Louro José e mudá-los para a parte da manhã).

    Tornou-se tão popular que chegou a ser homenageado pelo Mattew Groening com um personagem no seriado Os Simpsons: o Homem-Abelha Mexicano.

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