23 abril 2009


     CAPULETO —Que barulho é esse? Minha espada comprida! Ide buscá-la! Olá!
     SENHORA CAPULETO — Muletas, isso sim: muletas! Por que pedir espada?
     CAPULETO — A espada! digo. Chega o velho Montecchio e brande a lâmina, para fazer-me acinte.
     (Entram Montecchio e a Senhora Montecchio.)
     MONTECCHIO — Capuleto, Vilão!... Deixai! Tem de se haver comigo. 
     SENHORA MONTECCHIO — Não darás um só passo para o inimigo.
     (Entra o príncipe com seu séqüito.)
     PRÍNCIPE — Súditos revoltosos, inimigos da paz, que profanais vossas espadas no sangue dos vizinhos... Quê! Não ouvem? Olá, senhores, animais selvagens que as chamas apagais de vossa fúria perniciosa na fonte purpurina de vossas próprias veias. Sob ameaça de tortura, jogai das mãos sangrentas as armas para o mal, só, temperadas, e a sentença escutai de vosso príncipe irritado. Três vezes essas lutas civis, nascidas de palavras aéreas, por tua causa, velho Capuleto, por ti, Montecchio, a paz de nossas ruas três vezes perturbaram. Os provectos cidadãos de Verona, despojando-se das vestes graves que tão bem os ornam, nas velhas mãos lanças antigas brandem, vosso ódio enferrujado. Se de novo vierdes a perturbar nossa cidade, pela quebrada paz dareis as vidas. Por agora, que todos se retirem. Vós, Capuleto, seguireis comigo, e vós Montecchio, à tarde ireis à velha Cidade-Franca, à corte da Justiça, para conhecimento, assim, tomardes de quanto resolvermos sobre o caso. Já! Sob pena de morte, dispersai-vos!
O Que vai acontecer? Eles vão morrer? Não se esqueça na proxíma quinta Romeu e Julieta.

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